Ter um corpo maior e mais curvilíneo, e precisar de um tipo de roupa que o acomode ou mesmo o realce, tornou-se (um pouco) mais aceito pelas indústrias de moda e varejo. Nos últimos anos, houve um compromisso maior com a diversidade de tamanhos das marcas de roupas e a ascensão de modelos plus size, como Ashley Graham, Paloma Elsesser, Precious Lee e Tess Holliday.
Embora não haja critérios universais para roupas de tamanho grande, a percepção geral do que constitui tamanho grande mudou ao longo do tempo.
“Há aquela citação que sempre diz: ‘Bem, Marilyn Monroe era tamanho 48/GG’”, observou Carmen Keist, professora associada do departamento de ciências da família e do consumidor da Bradley University, em Illinois. “Esses números realmente não significam nada, porque um GG nos anos 50 era algo totalmente diferente do que significa agora”.
A maioria das roupas vintage são pelo menos algumas vezes menores do que seus tamanhos equivalentes hoje. Nas tabelas de tamanhos de 1915 a 1920, o tamanho grande – então conhecido como “tamanho robusto” – começava com uma cintura de 76 centímetros e um busto de 106 centímetros, de acordo com Downing Peters. Mas hoje, isso equivale a um tamanho 42/M ou 44/G.
Monroe não seria considerada plus size pelos padrões de hoje, já que “vimos uma inflação de tamanho nos últimos 100 anos”, continuou Downing Peters. “O tamanho é uma construção e mudou ao longo do tempo, à medida que as ideias sobre o que constitui um corpo (tamanho grande) também evoluíram”.